2 – Ano XCV • N0 136
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 26 de julho de 2018
F OTO : G RACE S OUZA /S UAPE
FEBRE AMARELA
VACINAÇÃO
Suape inicia campanha
para vacinar cinco mil
trabalhadores portuários
atende os requisitos
do Ministério da
Saúde, com adoção
de medidas de
vigilância e
controle
No primeiro dia da ação, as empresas Tecon
Suape e Transpetro foram atendidas pela equipe
de imunização da Prefeitura do Ipojuca.
m parceria com a Secretaria de Saúde do
Ipojuca e Secretaria
Estadual de Saúde (SEE), a administração do Porto de Suape
iniciou, na última segundafeira (23), a campanha portuária de vacinação contra febre
amarela, que prevê a imunização de 5 mil trabalhadores,
dentro de 60 dias. A meta
global da campanha é vacinar
mais de 10 mil trabalhadores
das empresas localizadas (ou
com influência) na área portuária de Suape, até o fim do
ano. No primeiro dia da ação,
as empresas Tecon Suape e
Transpetro foram atendidas
pela equipe de imunização da
Prefeitura do Ipojuca.
A campanha faz parte do
Plano de Contingência em
Saúde Pública Portuária e
atende aos requisitos da Portaria no 1.986/2001, do Ministério da Saúde, que prevê a
E
adoção de medidas de vigilância e controle, para a prevenção da febre amarela, como “adotar a vacinação obrigatória dos trabalhadores das
áreas portuárias, aeroportuárias, de terminais e passagens
de fronteira”, conforme o
artigo primeiro da portaria.
A vacinação é a terceira
etapa da campanha. Em fevereiro deste ano, especialistas da área de imunização e
vigilância em saúde do Estado
ministraram palestra, para
representares das empresas do
porto, da administração de
Suape e órgãos envolvidos na
campanha, como Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), com objetivo de
orientar e esclarecer dúvidas
sobre o surto de febre amarela
no País. A segunda fase da
campanha consistiu no levantamento e triagem dos colaboradores, aptos para a vaci-
nação, de acordo com os
critérios estabelecidos pela
equipe que coordena a ação.
“Convidamos todos os trabalhadores, que fazem parte
do público-alvo da campanha,
para procurar o setor de segurança e saúde do trabalho
de cada empresa, nas datas
previamente agendadas. Além
de cumprir uma determinação
do Ministério da Saúde, a
vacinação é importante para
prevenir e controlar a situação
epidemiológica da febre amarela e o seu risco de expansão
nas áreas urbanas”, explicou a
diretora de Meio Ambiente e
Sustentabilidade de Suape,
Michelle Gomes.
As empresas e órgãos que
receberão as doses da vacina
são: Tecon Suape, Transpetro, Copagaz, Localfrio, Liquigás, Supergasbras, Pool
de Suape, Refinaria Abreu e
Lima, Temape, Decal, Con-
cessionária Rota do Atlântico, Agrovia do Nordeste, Indorama (M&G Polímeros),
Arlanxeo, Termope, Nacio-
nal Gás, Estaleiro Atlântico
Sul, Ultragaz, Bunge Moinho, Bunge Alimentos, Corpo de Bombeiros de Suape,
Ultracargo, PetroquímicaSuape, OGMO Suape, Estaleiro Vard Promar e administração de Suape.
EM SOLO DE GUERRA, ARTISTA DISCUTE HOMOFOBIA, BULLYING E RELAÇÕES AFETIVAS NA INFÂNCIA
Cleyton Cabral se apresentará, amanhã (27), na Mostra Alternativa de Teatro do Festival de Inverno de Garanhuns.
F OTO : D IVULGAÇÃO /S ECULT- PE
PEÇA marca estreia do ator nos solos e tem entrada grátis
O Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo.
Foi com esta premissa que o ator Cleyton Cabral procurou a diretora Luciana Pontual para, juntos, criarem
o espetáculo. Em Solo de Guerra, o artista discute a
homofobia e suas consequências, revelando
memórias pessoais misturadas às experiências coletivas. A dramaturgia foi construída em processo.
Cleyton levava uma cena nova a cada ensaio e os dois
trabalhavam a partir dali. É a estreia de Cleyton nos
solos, que ainda assina a dramaturgia e a produção do
espetáculo. Também é a primeira direção de Luciana
Pontual, integrante do grupo Doutores da Alegria
Recife. Os dois já dividiram o palco como atores,
algumas vezes.
“A guerra aqui é só uma metáfora, para falar da
guerra que enfrentamos todos os dias por sermos quem
somos. O conflito se inicia quando insistem em nos
padronizar, nos colocar na caixinha “normal”, para
podermos ser aceitos. Eu não quero ser aceito. Em
tempos em que a palavra empoderamento está tão em
evidência, e ao mesmo tempo gasta, é que decidi usála. Para enfrentar esta sociedade machista, que mata
tantos de nós apenas por sermos “diferentes”. Sempre
terei o prazer de ser transgressor e revolucionário. Na
vida e na arte. Esse espetáculo é um grito, mas também
é um abraço”, argumentou Cleyton.
Para Luciana Pontual, “pisar nesse Solo foi como
entrar em um labirinto: ter mais perguntas que
respostas. E que bom que o teatro nos coloca nesse
lugar de provocação. A partir da dramaturgia que ia
sendo construída, a cada ensaio, eu fui me colocando
como espectadora. As palavras vinham cheias de
silêncio, mesmo quando gritavam. O vazio, como
território para explorar possibilidades. Foi desafiador
lidar com o fracasso de alguns ensaios e ter que voltar
forte no dia seguinte. Criar é se sentir genial e também
falho. Humano, demasiado humano. É ver, olhar de
novo e enxergar de olhos fechados. Esse espetáculo é
cheio de afeto. Entrei nessa guerra cercada de aliados.
Inteira e de peito aberto.”
A peça marca a estreia de Cleyton Cabral nos solos.
O artista também assina a dramaturgia e a produção
do espetáculo, que estreou em 2017, no Outubro ou
Nada - Mostra de Teatro Alternativo do Recife.
SERVIÇO:
Festival de Inverno de Garanhuns - Solo de Guerra.
Data: 27 de julho (sexta), às 21h.
Local: Espaço do Teatro Alternativo.
Endereço: Rua Treze de Maio, 40, Garanhuns.
Entrada gratuita (ingressos entregues
1 hora antes do espetáculo).